HABACUQUE - UM PROFETA DIFERENTE
O
perfil de Habacuque e o contexto histórico dos seus dias
O nome Habacuque, segundo os
estudiosos, significa "abraçar". Habacuque profetiza num tempo em que
sua nação, Judá, o Reino do Sul, estava à beira de um colapso, porque retardou
o seu arrependimento e não aprendeu com os erros de seus irmãos do Reino do
Norte (Israel), que foram levados cativos pela Assíria em 722 a.C. As lições da
queda do Reino do Norte não foram exemplos suficientes para Judá, nem as
reformas religiosas realizadas pelo rei Josias no ano 621 a.C. tiveram
profundidade suficiente para evitar a tragédia do cativeiro. Logo após a morte
de Josias, Jeoaquim resistiu fortemente à pregação do profeta Jeremias, queimou
os rolos do Livro e lançou o profeta na prisão. Nesse mesmo tempo, o mapa da
política internacional estava passando por grandes mudanças. A poderosa Assíria
tinha caído nas mãos dos babilônios em 612 a.C. Em 605 a.C. Nabucodonozor,
soberano babilônico cerca Jerusalém, capital de Judá.
Oitavo livro da coleção dos PROFETAS MENORES. O autor vê
o perigo que o seu povo está correndo e não entende como Deus pode tolerar os
babilônios, um povo mau e cruel. Deus responde que virá o tempo em que ele
castigará os inimigos do povo de Israel. Que o profeta espere com paciência,
confiando na justiça divina. Os maus serão castigados, e aqueles que são fiéis
a Deus viverão. O livro termina com uma oração, em forma de hino, em que
Habacuque louva a grandeza de Deus e mostra a sua fé nele.
Habacuque exerceu seu ministério em uma época de
crise; podemos posicionar seu ministério no período do rei Jeoiaquim, entre 612
e 600.
O profeta
abordou o período da opressão babilônica, quando os babilônios se apoderaram do
império assírio e dessa forma os judeus, outrora subjugados pela Assíria,
ficaram sob o domínio da Babilônia. O jugo dessa nova opressão não era menor do
que a anterior.
As dificuldades internas no reino de Judá eram
gravíssimas. O profeta vê isso, medita nesta situação e interroga-se sobre o
futuro do seus contemporâneos. Discute o problema do mal, talvez um dos
assuntos mais difíceis com o qual a teologia tem de lidar. E Deus faz-lhe ver
que não é difícil compreender para quem se mantém fiel.
Deus
informou a ele que os babilônios deixariam Judá em pedaços. Ele não esperava
que Deus dissesse que permitiria a opressão dos babilônios sobre Judá como uma
maneira de punir os judeus violentos, injustos e maldosos. Ao tomar ciência da
crueldade com que a Babilônia era capaz de tratar Judá, o profeta se revoltou.
Então volta-se aos questionamentos queixosos: poderia ser considerada justiça
permitir que Judá recebesse castigo por meio de uma nação mais malvada que ela?
Como pode um Deus justo permitir, e até fazer uso de um mal assim? Não sabemos
quanto tempo Habacuque esperou pela resposta de Deus, mas a resposta foi dada a
ele.
Os dois
primeiros capítulos contêm as perguntas do profeta e a resposta de Deus, que se
resume fundamentalmente nisto: Deus age com justiça; é Ele quem domina o mar, a
terra e as nações, é capaz de socorrer e salvar o seu povo.
O
Salmo de Habacuque
No
terceiro capítulo, temos uma das mais belas expressões do amor incondicional de Deus, é a melhor explicação sobre a relação de Deus com o mal existente no
mundo. As respostas de Deus a Habacuque acabam com os dilemas que havia no
coração dele.
O desfecho do livro, é composto por um dos mais famosos cânticos da Bíblia Sagrada.
O desfecho do livro, é composto por um dos mais famosos cânticos da Bíblia Sagrada.
Encontramos
um Salmo alegre, uma teofania!
Habacuque vê a poderosa glória do Senhor, e seu coração se comove. O que ele viu mudou sua disposição de queixa para alegria. E passa a descrever Deus em ação vencendo os ímpios e toda impiedade. A manifestação do Senhor é inspirada em sua presença majestosa no Monte Sinai (Êxodo 19).
Habacuque vê a poderosa glória do Senhor, e seu coração se comove. O que ele viu mudou sua disposição de queixa para alegria. E passa a descrever Deus em ação vencendo os ímpios e toda impiedade. A manifestação do Senhor é inspirada em sua presença majestosa no Monte Sinai (Êxodo 19).
Habacuque
3.19 parece indicar a associação do autor com a música, o que dá a entender
que, talvez, ele fosse um levita.
Lições
em Habacuque: semeadura e colheita
Deus
mostrou para Habacuque duas coisas seguras:
Primeira - os babilônios violentos e orgulhosos seriam destruídos com as mesmas armas que haviam usado contra outros povos, assim como destruíram nações inteiras, também eles seriam destruídos. O mal pode até dominar sobre a terra, mas ela não tem força permanente (2.13).
Segunda: O Caráter de Deus. Ele permanece em silêncio durante determinado tempo, mas nunca para sempre (2.14).
Primeira - os babilônios violentos e orgulhosos seriam destruídos com as mesmas armas que haviam usado contra outros povos, assim como destruíram nações inteiras, também eles seriam destruídos. O mal pode até dominar sobre a terra, mas ela não tem força permanente (2.13).
Segunda: O Caráter de Deus. Ele permanece em silêncio durante determinado tempo, mas nunca para sempre (2.14).
O livro
de Habacuque não responde a razão de Deus permitir o mal. Declara que Deus
jamais perde o controle sobre as situações. Esclarece que o mal encontra seu
destino lógico de autodestruição. Informa que a glória do Senhor encherá a
terra no tempo que o Criador assim determinou acontecer.
Aplicação
pessoal
Seja
paciente, o futuro pertence a Deus. O crente pode encontrar esperança e alegria
mediante a fé em Deus, sem se importar quais sejam as circunstâncias no tempo
presente e no futuro.
É
possível que aconteça muitas vezes de o cristão sentir-se confuso ao presenciar
a escalada, aparentemente triunfante aos olhos de Deus, de pessoas injustas. E
em sua mente confusa fazer reclamações a Deus por considerar que Ele esteja
sendo omisso. Habacuque não permaneceu apenas no campo das reclamações.
Demonstrou que acontecesse o que acontecesse, para ele a vida só seria
considerada plena na presença do Senhor. Aproximou-se de Deus em oração, abriu
seu coração com clareza plena fazendo indagações que desejava respostas. Ao
agir assim, mostrou ser homem de fé.
Conclusão
O profeta
expressou uma atitude de fé no terceiro capítulo do livro e por seu procedimento
aprendemos que não importa quão difícil a vida possa ser, pela fé encontramos
fontes de alegria e de renovação das forças para continuar em pé e seguindo
adiante.
A
declaração sobre a importância da fé não resolve problemas, mas ajuda o ser
humano a superar os momentos difíceis, até que o julgamento divino chegue.
É quase
certo que Habacuque não viveu tempo suficiente para ver a destruição dos
babilônios, mas hoje a Babilônia é apenas parte de memória histórica conforme a
predição. Assim como Habacuque, devemos esperar com fé que as promessas divinas
se cumpram, pois é exatamente no cumprimento delas que a glória do Senhor enche
a terra.
Fontes de
Pesquisa:
·
Lições
Bíblicas – Eliseu Antônio Gomes Belverde
·
Dicionário
da Bíblia de Almeida – 2ª Edição SBB
·
Habacuque
– Hernandes Dias Lopes
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