"O GUERREIRO CRISTÃO"
Lição a ser ministrada por Nádia Regina, Ministra de Intecessão da ORLASG, em 28 de abril.
Uma
idéia tem se espalhado de que de alguma forma somos imunes ao ataque do diabo e
suas hostes. Os que assim pensam
defendem que “se você é crente, Satanás nada pode contra você”. Esta noção tem levado muitos a uma falsa
segurança contrária ao que a Palavra nos indica.
Paulo declara a verdade da luta espiritual
em Efésios 6.10-19. Neste texto ele roga
que tomemos toda armadura de Deus para podermos ficar firmes. Ora, este tipo de apelo indica que corremos o
risco de sermos tocados e até derrotados se não estivermos atentos.
Pedro alerta da mesma forma (I Pedro
5.6-9) e apresenta o inimigo como um leão que está à espera de uma brecha. É preciso resistir, porque senão os
resultados podem ser maus.
Em relação a isto gostaria de fazer uma
divisão simples. Os ataques do inimigo
acontecerão na vida de todos os crentes verdadeiros, pois ao se tornarem filhos
de Deus se tornaram também seus inimigos mortais. Há, porém, uma diferença: Satanás pode atacar
e ataca aqueles que caem em pecado. O
pecado é uma porta para a ação do inimigo.
Ele é ladrão e está acostumado a pular o muro (João 10.1), portanto, não
perderá a oportunidade de entrar nas brechas que o pecado abrir em nossas
vidas. Todo pecado consciente, não
confessado, abre portas para a atuação direta do maligno em nossas vidas e
entristece o Espírito Santo. A solução é
andar na luz (Efésios 5.8), confessar os pecados (I João 1.9) e buscar a
santidade (Hebreus 12.14).
Satanás pode atacar e ataca mesmo os
crentes que não lhe dão brechas pelo pecado.
O exemplo mais clássico é o de Jó.
Fica claro nesse livro pelo menos uma coisa: o inimigo pode atacar
severamente um crente cuja vida é exemplar.
Trata-se de um fato para o qual devemos estar preparados. Guerra é guerra!
Outra consideração pertinente neste
contexto é a questão do envolvimento do crente na obra. Se for verdade que o inimigo ataca a todos, é
também fácil de entender que ele atacará com mais força aqueles que estão mais
envolvidos, pois representam maior perigo para o seu reino. Se você está na frente de batalha, como por
exemplo, os missionários (sejam eles urbanos, nacionais ou transculturais), então
é certo que os ataques serão mais severos.
No caso do missionário transcultural há ainda a agravante de ele desconhecer
a cultura e os costumes da terra o que o torna vulnerável a ataques que de
outra forma El poderia evitar. Um dos
maiores exemplos disso é a vida do apóstolo Paulo que sendo um servo de Deus
que todos admiramos fala claramente sobre as lutas tremendas que teve que
atravessar vezes sem conta (II Coríntios 11.23-33). Se precisarmos de mais exemplos é só ler
qualquer biografia missionária.
O caráter do Guerreiro
A fim de estar preparado para a Batalha
Espiritual, o guerreiro cristão precisa atender a determinados critérios
estabelecidos pela Palavra de Deus:
- Em primeiro lugar, ele precisa ser nascido de
novo, ter-se tornado uma nova criatura pela fé no Senhor Jesus Cristo (I João
5.18);
- Em segundo lugar, ele tem de ter a certeza de que
é alguém liberto das trevas e que não abre espaço em sua vida para as obras
perversas do pecado, nem para os valores que patrocinam o reino da escuridão
com vícios, imoralidade, mentira, idolatria e outros vínculos comprometedores
(Atos 19.13-17; I Pedro 2.9-10);
- Em terceiro lugar, uma condição para a batalha é
que o guerreiro mantenha uma vida pura e santificada (I Timóteo 4.12);
- Além disso, ele precisa buscar andar cheio do
Espírito Santo (Lucas 4.1, 18-19); e
-
Outra condição é que ele mantenha rigorosa vigilância para não ser surpreendido
pela distração espiritual ou pela imprudência de suas palavras e atitudes
(Efésios 4.26-27; Tiago 4.7).
A armadura do Guerreiro
Já
citamos o texto anteriormente, mas agora votamos a ele para que você possa
compreender eu espécie de armadura é essa de que precisamos estar vestidos
todos os momentos da nossa vida:
- O Cinturão da Verdade;
- A Couraça da Justiça;
- Os Calçados na preparação do Evangelho da Paz;
- O Capacete da Salvação;
- A Espada do espírito, que é a Palavra de Deus; e
- A
oração e súplica em todo tempo.
As Armas do Guerreiro
Vamos começar considerando a natureza das armas
que o guerreiro cristão deve usar. O
apóstolo Paulo trata disto em II Coríntios 10.3-6: “Porque, andando na carne,
não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são
carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição de fortalezas; destruindo
os conselhos e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e
levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo, e estando prontos para
vingar toda desobediência, quando for cumprida a vossa obediência”.
Logo, a primeira coisa que temos de
entender é que as nossas armas não são carnais.
Não vamos obter a vitória com os métodos, nem a estratégia ou as forças
humanas. Nossas armas são as já
experimentadas e aprovadas armas espirituais, que nos são providenciadas pelo
Senhor: a Sua Palavra, o poder e o discernimento do Seu Espírito Santo, o nome
magnífico e poderoso do Senhor Jesus Cristo, a oração, a verdade, a justiça, os
dons espirituais e tudo que o nosso Deus coloca ao nosso dispor através da Cruz
do Calvário e da ressurreição do Seu Filho.
Defesa – A Batalha Espiritual a nível
pessoal e familiar
Todo
aquele que se envolve na obra de Deus terá eventualmente que lutar para a
libertação de outras pessoas da garras do inimigo. Mas, e de uma forma muitas vezes mais intensa,
terá também que lutar para defender sua família e sua vida e ministério dos
ataques do inimigo.
Como já vimos a batalha é real e o inimigo
não nos respeita pelo fato de sermos servos de Deus. Seu objetivo é nos fazer cair. Se não puder nos derrubar, vai procurar nos
causar dor e sofrimento e a verdade é que isso se passará enquanto estivermos
neste mundo. Somos forasteiros aqui (I
Pedro 2.11). Todo estrangeiro sabe como
é dura a vida fora de sua terra. Quantas
saudades, quantos choques, quanta luta.
Nós somos cidadãos do céu para onde caminhamos (Hebreus 12.22). Não vejamos, porém, estas dificuldades como
algo que nos desanima. A luta e o
sofrimento daqui não se pode comparar com o que nos espera (Romanos 8.18). Há, porém muito que podemos fazer para
minorar esta dor pelo poder do Senhor que em nós habita (I João 4.4b). Vejamos então, algumas situações nas quais o
conhecimento prévio das artimanhas do maligno pode nos ajudar (II Coríntios
2.11).
-
Filhos pequenos
Enquanto nossas crianças são pequena é nossa
responsabilidade protegê-las do inimigo.
Devemos ensiná-las desde cedo como entregar suas vidas a Jesus e como
lidar com o maligno. Mas será necessário
muito discernimento e sensibilidade espiritual para ajudá-los no dia a dia.
É preciso saber em que gastam seu tempo, que
tipo de coisas assistem na TV ou vídeo, que tipos de jogos jogam no computador,
que tipo de site visitam na internet. O
diabo é perito em meios de comunicação e os utiliza para conquistar os corações
de nossos pequeninos. Sejamos sábios e
seletivos. O inimigo gosta de controlar
vidas desde o início (Marcos 9.21).
Muitas destas programações de hoje são introduções à bruxaria e
feitiçaria. Estejamos atentos. Se necessário, ore com a criança e a dirija a
pedir perdão pelo que assistiu e a quebrar todo efeito quês estas coisas
tiveram sobre ela.
Hoje vai crescendo a influência da “Nova
Era” nas escolas. Há colégios que
ensinam técnicas de meditação que mais não são que o abrir das mentes das
crianças para influencias malignas. Procure
saber que atividades são feitas na escola de sues filhos. Leia os materiais de estudo. Todo cuidado é pouco!
Exemplo
1:
Menino de 5 anos que passou a ter terríveis
pesadelos e a temer o escuro. Os pais
não sabiam o que fazer, pois o medo da criança parecia crescer a cada dia. Finalmente oraram por sabedoria e o Senhor
lhes revelou a influência de um vídeo infantil que o menino muito gostava. Nesse filme havia a figura de uma bruxa que
sobressaía. Desfizeram-se do filme e
oraram com a criança em seu quarto assumindo autoridade no Senhor. A criança voltou a dormir sem qualquer
problema.
Exemplo
2:
Menina de 4 anos que era muito meiga e
obediente e de um dia para outro passou a ser rebelde e malcriada. Os pais ficaram perplexos e buscaram ajuda
psicológica. As coisas só pioraram. Já sem saber o que fazer e com o ambiente
familiar degenerando a passos largos e afetando o próprio casamento dos pais,
foram ao pastor de sua igreja. Com um
pouco de conversa se descobriu que a criança em seu jardim de infância
aprendera a fazer relaxamento e meditação.
Fora instruída a imaginar um amigo da fantasia. No seu caso era um ursinho verde. Esse suposto amigo lhe falava à mente e lhe
dava ordens. Ameaçava atacar seus pais
se não obedecesse. Através da oração o
“amigo” foi embora e a criança voltou ao normal.
Há muitos livros bons no mercado sobre
isso como “A sedução de seus filhos” e outros.
Não deixe seus filhos sofrerem por falta de defesa. A responsabilidade é nossa! Assumamos as
trincheiras, pois
a guerra é real e terrível.
- Adolescente e Jovens
Filhos mais velhos tem maior liberdade de
ação e dever ter também maior conhecimento da luta espiritual para se
defenderem. Infelizmente isso nem sempre
acontece e surge a necessidade de os pais assumirem posição de força em prol de
seus filhos.
Devemos verificar que tipo de filmes
nossos filhos assistem, que tipo de música ouvem, quais companhias que tem. Namoros com descrentes são particularmente
perigosos. Podemos não ter controle
sobre essas coisas, mas devemos estar atentos pois elas podem desviar nossos
filhos do Senhor e facilitar a ação de Satanás em suas vidas. São conhecidas as histórias de jovens que até
mataram sob o efeito de músicas de Rock pesado.
A pornografia hoje é de fácil acesso e vicia como qualquer droga,
abrindo a porta das mente para a fantasia, reino do inimigo aonde ele pode
facilmente dominar. Amigos e namorados
não crentes são pessoas que estão em trevas.
Através delas o inimigo pode prejudicar muito as vidas de nossas
jóias. A pressão do ambiente pode levar
adolescentes e jovens mais fracos a cederem a coisas que dificilmente fariam de
livre vontade como usar drogas, praticar sexo, fazer tatuagens e participar de
cerimônias. Não podemos ser ignorantes e
pensar que isso só acontece com os outros.
O mal está em toda parte.
Como em qualquer outra situação nossos
filhos adolescentes e jovens podem estar sob a influência do inimigo e
precisarem de libertação. Será preciso
ganhar sua confiança. Investigar tudo o
que se passou que abriu espaço para o diabo e fechar cada porta. Depois é essencial que o jovem entenda sua
responsabilidade de manter a vida pura diante de Deus e conservar as portas
fechadas para o diabo.
-
Costumes e Cultura
O cristão
pode ser atacado pessoalmente. Isso
sucederá se houver pecado escondido em sua vida. Mas também pode acontecer que ele abra portas
inadvertidamente ao trabalho maligno.
Num contexto transcultural há uma tensão entre a necessidade de se
adaptar ao contexto e manter-se fora do raio de ação do mal. Nem sempre se
consegue evitar todas as coisas, mas é preciso mais uma vez dependência de Deus
e sensibilidade espiritual.
Exemplo
1:
Missionário recém chegado a contexto
mulçumano. No afã de ser aceito e se
integrar, foi participar do culto em uma mesquita. Tirou os sapatos, cumpriu os rituais de
lavagem e inclinou-se como os demais com o rosto em terra. Dias depois começou a ser atormentado com
terríveis dores que não cediam a nada.
Tinha insônia e seu vigor espiritual foi a zero. Compartilhando com outro colega mais
experiente, percebeu que sua atitude na mesquita fora de adoração a outro que
não Deus. Ao curvar-se, tirar os
sapatos, estava se colocando sob a influência que dominava aquele lugar. Após oração de perdão e entrega ao Senhor,
assumiu autoridade de Cristo e ficou imediatamente são física e espiritualmente.
Exemplo
2:
Missionário em contexto animista na África Negra. Ao visitar aldeia foi muito bem
recebido. Um homem idoso da tribo lhe
trouxe de presente uma escultura de madeira.
Ofereceu-lhe em alimento especial e falou várias frases em tom de
invocação pedindo benção para o visitante.
O missionário aceitou tudo passivamente.
Ao regressar da aldeia notou que não tinha condições de orar. Foi acometido de pesadelos tenebrosos. Sua
saúde também sofreu. Levou meses nesta
situação e estava a ponto de deixar o campo quando foi acudido por um velho
pastor nativo da mesma tribo que fora visitada.
O ancião lhe explicou que aquela visita a aldeia fora a causa de
tudo. O home que o recebera era o
feiticeiro local. A escultura recebida e
colocada em posição de honra na casa do missionário, era representação de um
espírito local. A comida que comera era
sacrificada aos espíritos regionais e as palavras de benção eram na verdade uma
maldição antiga sobre a vida do visitante que aceitara tudo sem questionar. Foi necessário orar por perdão, rejeitar a
maldição, quebrar a escultura e restabelecer a autoridade Jesus naquela
vida. O missionário depois disto pode
continuar no campo num ministério próspero.
Será
impossível alistar todas as artimanhas do maligno. Justamente por isso salientamos de forma tão
insistente a necessidade de discernimento espiritual. Isso se obtém em oração e dependência de
Deus. É preciso estar em atitude de
defesa ativa. Não podemos ser passivos
diante da situação de nosso mundo. Temos
que exercer a autoridade de Jesus em nossas vidas e nas vidas daqueles que
somos chamados a ajudar.
Alguns
julgam que para se entrar nessa luta é preciso uma grande espiritualidade e
experiência. Na verdade todo crente já
está na luta. Não tem como se
furtar. O essencial é manter a vida
limpa diante de Deus e não permitir pecados não confessados atravessando as
linhas de comunicação com o céu. A
Autoridade não é nossa, é de Jesus. Não
é nossa força, é dEle.
Ilustração:
Um
policial de trânsito recém formado foi para sua primeira blitz. Parou no meio da pista e viu um enorme
caminhão se aproximando. Sabia o que
tinha que fazer, mas o tamanho do caminhão o assustou. Duvidou de sua capacidade. Sentiu sua fraqueza diante daquele enorme
veículo e colocou-se no lado da pista apenas a tempo de ver o carro
passar. Outro guarda mais experiente um
pouco mais à frente foi para estrada levantou o braço, apitou e fez sinal de
paragem e o caminhão parou sem oferecer resistência. A diferença entre eles é que um estava medroso
e o outro sabia que a autoridade que lhe fora delegada era suficiente para
parar aquele carro que ele por sua própria força nunca poderia parar.
Na
Batalha Espiritual não precisamos de usar nossa força. Tudo que precisamos fazer é exercer a autoridade
que o Senhor nos delegou. Foi isso que
ele veio fazer, derrotar o inimigo (Colossenses 2.14-15). NEle somos mais do
que vencedores.
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